A fascite plantar é uma doença que acomete a fáscia plantar, estrutura composta de tecido conjuntivo fibroso que conecta o osso do calcanhar aos dedos dos pés.

Quais as causas da fascite plantar? 

Nem sempre é possível identificar a causa da fascite plantar.

No entanto, esta doença costuma se desenvolver devido a microtraumas de repetição na região que podem ocorrer devido alguns fatores, por exemplo:

• Movimentos repetitivos;
• Atividades físicas intensas ou mudança abrupta no treino;
• Uso de calçados inapropriados para as atividades esportivas;
• Ficar de pé por longos períodos;
• Degeneração devido a idade;
• Excesso de peso.

Sintomas da doença 

A fascite plantar causa dor em forma de pontada na planta do pé próximo à região do calcanhar.

Normalmente, a dor é pior de manhã ao apoiar o pé no chão pela primeira vez e, após os primeiros passos, fica menos intensa. Além disso, a dor costuma retornar no fim do dia e alivia com o repouso do pé.

Em casos mais avançados, é possível que o paciente não consiga apoiar o corpo nos calcanhares por conta da dor.

Além disso, em algumas situações, o paciente pode apresentar também inchaço (edema) e vermelhidão (eritema) na região.

Caso o paciente não receba o devido tratamento, a dor pode se tornar crônica e gerar alterações na marcha, o que pode acarretar em problemas nos joelhos, quadris ou costas.

Como é o diagnóstico?

Fazemos o diagnóstico da fascite plantar em consultório a partir da compreensão da história clínica do paciente, bem como com a execução do exame físico detalhado.

Assim, buscamos identificar algumas condições:

• Avaliarmos a natureza e anatomia do pé;
• Área de máxima sensibilidade na planta do pé;
• Avaliar o alongamento da cadeia posterior e identificar quais musculaturas estão encurtadas

Os exames de imagem servem para excluir outras doenças ou lesões caso haja alguma dúvida diagnóstica

Tratamento da fascite plantar? 

Normalmente, o tratamento não cirúrgico apresenta excelentes resultados no controle da doença. Estudos revelam que a taxa de sucesso do tratamento conservador varia entre 73% a 89% dentro do primeiro ano.

Assim, adotamos medidas que visam reduzir o processo inflamatório e a dor, por exemplo:

• Repouso;
• Compressas de gelo;
• Medicamento para diminuir a dor e permitir a rebilitação;
• Alongamentos;
• Fisioterapia;
• Terapia por ondas de choque;
• Uso de sapatos apropriadas;
• Órtese noturna para alongamento da fáscia plantar (casos mais específicos).



Devemos destacar que o uso de injeções de cortisona para alívio da dor é controverso, pois a substância pode gerar danos permanentes na fáscia plantar.

Além disso, indicaremos a cirurgia somente nos casos nos quais o tratamento conservador não trouxer alívio dos sintomas.

Neste procedimento, realizamos a liberação parcial da fáscia pela abordagem incisional direta ou pela técnica endoscópica, sendo que a técnica a ser utilizada irá depender de cada caso.

O tratamento cirúrgico desta condição costuma apresentar excelentes resultados, sendo satisfatório em cerca de 95% dos casos.

O retorno para as atividades, inclusive esportivas, deve ocorrer de forma gradual tanto no volume quanto na intensidade, conforme evolução do quadro clínico.

Portanto, será essencial fazer o acompanhamento com médico responsável pelo tratamento, que dará as devidas orientações.

É possível prevenir a fascite plantar?

Controlar os possíveis fatores desencadeantes da fascite plantar é a forma mais eficaz de preveni-la, por exemplo:

• Alongar a região dos pés e panturrilha antes e depois de praticar atividade física;
• Utilizar calçados adequados de acordo com a atividade praticada;
• Evitar o sobrepeso e a obesidade;
• Utilizar calçados de salto alto somente em situações especiais, optando por sapatos mais confortáveis no dia a dia.

Se, ainda assim, você sentir dor e desconforto nos pés, não deixe de procurar um ortopedista especialista para te auxiliar.

Dessa maneira, faremos um diagnóstico apropriado para iniciar o tratamento específico para o seu caso!